No post abaixo, aproveitei o exemplo de uma notícia, como forma de demonstrar a alunos os chamados “erros ortográficos”. O exemplo da notícia é o típico “erro”, classificado pelo lingüista Luiz Carlos Cagliari, como erro de transcrição da fala.
Mas, não é só este tipo de "erro" que encontramos na escrita de alunos, segundo o professor Cagliari.
Há outros, que podem ser explicados e devidamente trabalhados pelo professor.
Mas, não é só este tipo de "erro" que encontramos na escrita de alunos, segundo o professor Cagliari.
Há outros, que podem ser explicados e devidamente trabalhados pelo professor.
Todas as classificações apresentadas pelo linguísta, nos livros Linguística e Alfabetização e Alfabetização sem be-a-bá, já foram trabalhadas por mim, e por professoras com as quais tive a oportunidade de desenvolver projetos de alfabetização. Embora os títulos relacionem os livros ao processo de alfabetização, eles devem ser utilizados por professores, em qualquer nível de ensino.
A nasalização: omissão do M, N e do Til, quando o vocábulo apresenta um som nasal.
É muito comum no início do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, o aluno não utilizar estes marcadores.
A forma de resolver este problema passa pela auto-correção. É só pedir ao aluno para ler, para que ele percebe o som nasalizado. Em seguida, demonstre, com outras palavras, em livros, revistas, jornais, como este som é reproduzido na escrita.
Depois do período de aquisição da escrita é comum encontrarmos um “erro” diferente sobre o uso da nasalização, até mesmo entre universitários ( já vi muito deste tipo na Net). É o uso da nasalização inadequada, em formas verbais, para representar ações diferenciadas. Por exemplo : Eles “estudaram” amanhã, até tarde.
Este tipo de “erro” demonstra que o sujeito não internalizou a diferença entre as formas verbais relativas a passado e presente.
Para correção não é necessário decorar verbos, mas compreender o sentido atribuído às sentenças, pois estudaram traz a idéia de passado e estudarão a idéia de futuro, sentidos estes que devem ser demonstrados pelo professor, em situações reais de uso da língua.
Continua nos próximos posts.
É verdade, Fatiminha! Também já li bastante a troca do "ão" pelo "m" e vice-versa.
ResponderExcluirE o pior, vc nem sabe, eu estava relendo meu último post e vi lá um erro tão terrível que quase soltei um berro. Eu escrevi viagem com "j", assim, sem perceber mesmo e ficou lá pra todo mundo ler, credo. A justificativa pode até ser o fato de eu estar de certa forma distante do contato com o português, mas isso não deveria acontecer. Ou deveria?
Bj
Olá Fátima!
ResponderExcluirLi um livro dele há muitos anos. É um bom lingüista e você sempre correta e organizada com suas orientações.
Abraços.