sábado, agosto 18, 2007

Folclore II

Folclore, pesquisa e sucesso.
Minha amiga Edna da Silva Moreira, professora de português na Zona Rural descobriu que a comunidade Belmiro Braga,em MG, era rica em relatos de aparições fantasmagóricas e casos insolúveis. A professora então, elaborou um projeto de trabalho como forma de resgatar as lendas e mitos, para que elas não se perdessem.

Os meninos e meninas, com idades entre 11 e 12 anos, foram para as ruas descobrir as lendas, passadas de geração em geração e, depois, relataram em sala de aula. As melhores histórias, votadas por eles, foram escritas em forma de contos. Segundo a professora"é uma forma lúdica de promover a oralidade e a escrita".
O resultado do projeto "Quem conta um conto aumenta um ponto, quem escreve, aumenta vários" foi a produção de mais de cem lendas.

Estes são alguns dos contos produzidos:
Noiva sem rosto
"Um caminhoneiro passava pela estrada e viu uma noiva pedindo carona. Ele abriu a porta do carro e perguntou onde ela ia descer. A noiva não respondeu. Quando ele parou na Igreja de São José, viu que ela não tinha rosto. Depois o caminhoneiro foi saber que a mulher já havia morrido."
Leonardo Silva de Oliveira

A cachorra
"Em 1985, na Fazenda da Glória, um homem com o apelido de Paulistinha matou uma cachorra, porque ela comia galinhas. Ele bateu com uma marreta na cabeça dela. A cachorra parecia morta e ele a enterrou na beira do Rio Peixe. Depois de três dias, Paulistinha estava no lugar onde havia matado o animal e a cachorra apareceu cambaleando, latindo e com o sinal da marretada. Ela teve seis cachorros e nunca mais comeu galinhas."
Cíntia Amaro Alves
O diabo da parede
"Em São José tinha uma mulher chamada Emilinha, que, um dia, começou a subir pelas paredes e ficar pendurada no telhado. Era o diabo que tinha entrado no corpo dela. Um padre foi benzê-la, mas ela disse: "Você pode ir embora , porque eu sei de todos os podres do seu passado". Ele saiu correndo. Quando chegou outro padre ela falou: "Você é outro cheio de podres, eu vou contar para o povo". O sacerdote também saiu correndo. Quando chegou a vez do terceiro padre, o diabo disse: "Só saio desse corpo, porque você, no passado, só roubou uma laranja do vizinho."
Mariana Moreira de Souza
E seus alunos conhecem alguma lenda? Que tal pesquisar ?

Um comentário:

  1. oi Fatiminha!
    Nossa, nem sei mais onde comentar, vc tem tantos blogs! ;-)
    Pois então, sabe que o dipiliqui faleceu_ Mas até que não doeu tanto. Estou com um blog novo, mais específico e por ser assim "específico" tenho a impressão que restringi ainda mais meus leitores hehehe
    Mas continuo lendo vc e como sempre aprendendo. Hj mesmo me lembrei de vc quando estava tentando lembrar músicas infantis brasileiras. Nossa, minha cabeça pareece que anulou todas!
    Por sorte, com vc por "perto" vou sempre ter historinhas pra contar pro meu pequeno...ah..isto é novidade e estou super feliz com ela. vc nem imagina o quanto!
    Beijo bem grande pra vc

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